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Fazer o outro se sentir valorizado e acolhido são as principais orientações dos especialistas.
Entre a rotina corrida, os interesses da vida virtual sempre ao alcance do celular e os desencontros diários, fica difícil ter tempo de se dedicar inteiramente às relações. Deixar de dar atenção ao outro, no entanto, pode enfraquecer laços e até camuflar problemas mais graves de convivência.
Para evitar esse desgaste, o melhor é respirar, encontrar um tempo na agenda para quem realmente importa e prestar atenção ao que está sendo dito. “Não basta ouvir, é preciso mostrar que ouviu. Para isso, reaja ao que está sendo dito, estimulando o outro a falar, sempre deixando claro que está entendendo. Se não entendeu, peça para que repita ou para que fale de outro jeito. Mostre empatia e emoções”, aconselha o professor e psicólogo da Universidade de São Paulo (USP) Aílton Amélio da Silva.
Apenas dar espaço para o diálogo não é suficiente. “É necessário fazer o outro sentir-se à vontade, é essencial que saiba que não será julgado e, principalmente: a conversa não vai sair dali”, conta Fernando Azevedo, vice-coordenador do Centro de Valorização da Vida (CVV) de Pinheiros.
Mostre-se disponível
O gestual também tem importância nessa troca, então fique atento. “Pare o que estiver fazendo, incline o tronco em direção à pessoa, mostre concordância com a cabeça e use expressões faciais, combinados com sons não articulados. Isso faz com que percebam que você está ouvindo, dá atenção total e continua interessado”, explica o professor.
Se o conteúdo da conversa era uma crítica relacionada a você, boa parte da agressividade pode ter ido embora só pelo fato de perceber que você se importa com a opinião dela. “Sem essa atenção, o outro praticamente não existe em sua vida. É essa dedicação que constrói laços de cumplicidade e confiança”, afirma o psicólogo Aílton Amélio da Silva.
Aproveite o ambiente
Além de ouvir também é bom criar esse ambiente para desabafar ou falar sobre algo que incomoda. Ao fazer críticas, contudo, é preciso ter cuidado. “Questione-se: vale a pena? É tão importante assim? Tome cuidado com a abordagem, prefira perguntar a afirmar algo, seja calmo e dê espaço para seu interlocutor se defender, ouça o lado dele”, completa.